MALTAS DE CAPOEIRA

CONTRA MESTRE DALMATA

As Maltas eram grupos de capoeiras do Rio de Janeiro que tiveram seu auge na segunda metade do século XIX. Compostas principamente de negros e mulatos (os brancos também se faziam presentes), as maltas aterrorizavam a sociedade carioca. Houve várias maltas: Carpinteiros de São José, Conceição da Marinha, Glória, Lapa, Moura entre outras. No período da Proclamação da República havia duas grandes maltas, os Nagoas e os Guaiamús.
Os capoeiras das maltas introduziram o uso de armas, notadamente a navalha (esta trazida pelos portugueses conhecidos como lisboetas, portugueses que em sua terra natal tinham as mais variadas funções, tais como açougueiros, barbeiros, artesãos ou até mesmo meliantes. Expulsos para a colônia, uma vez no Brasil entraram em contato a malandragem em geral e assim trocaram conhecimento: a capoeira pelo manuseio da navalha, e até mesmo da bengala, muito usada por muitos valentões que diziam que uma bengalada desmaiava e duas matavam).
Devido à violência e à criminalidade, as maltas e os capoeiras foram duramente reprimidos pelo Estado até a quase extinção da capoeira no Rio de Janeiro.